De volta ao tapete, com o coração cheio de amor

16:13 Joana Santos 10 Comments

Ainda na última publicação vos contei o quão difícil tem sido praticar yoga desde Março do ano passado. Nem sempre foi assim. Comecei a minha viagem pelo mundo dos asanas (posturas, em sânscrito) em 2010, em casa, praticando com o auxílio de vídeos que ia encontrando na internet, mas só em 2013 encontrei a pessoa certa para me ensinar realmente aquilo que há para além dos adho mukha svanasana (ocidentalmente conhecimento como cão que olha para baixo) e das chaturanga dandasana (ou, em português, flexões). A Marina, a minha eterna professora do coração, desafiou-me, ensinou-me a sentir o meu corpo e ajudou-me a descobrir tanto daquilo que sou. Por causa dela, conheci outras professoras fantásticas que tornaram este meu caminho num caminho de mais amor: um amor muito feliz. A BJ Galvan, a Susana Garcia Blanco, a Meghan Currie, a Jessica Green, a Reyes Sanchez e tantas outras almas bonitas e cheias de luz.


Como qualquer criança quando começa a aprender uma coisa nova, ou a descobrir dentro de si o seu potencial, eu andava nas nuvens. Queria conhecer tudo. Chegar sempre mais longe. Ultrapassar os desafios das posturas e da mente. Li, pratiquei, escutei, senti. Todos os dias um bocadinho mais. Entre 2013 e 2015, quanto mais escavava mais encontrava: foi uma descoberta pessoal, essencialmente, mas também foi uma descoberta de como podia utilizar o meu coração para viver com os outros, para aproveitar este mundo e tudo aquilo que ele me pode dar. Se olhar para trás, recordo-me desses dias como dias cheios de sol. De sorriso nos lábios.


Claro que nem todos os dias foram assim: às vezes, também sentia que o meu cérebro não me deixava ir mais longe, que se criava um bloqueio tão grande na minha garganta que até o simples acto de respirar se tornava difícil. Mas tinha consciência de que o meu coração estava apenas a libertar-se de tudo aquilo que o prendia: os medos e os momentos menos bons que se foram acumulando ao longo dos anos. No fundo, estes desafios eram, para mim, apenas a casca dura que construí à minha volta, como escudo de protecção, a partir-se.


Em 2015, depois de tirar um curso de yoga para crianças, de me mudar, de malas a abarrotar de esperança para um novo país e de conhecer a famosa Yoga Girl, simplesmente parei. Não estendi o tapete durante tanto tempo. Revoltei-me comigo mesma, primeiro por não conseguir juntar forças dentro de mim para simplesmente me sentar a ouvir o meu coração e depois porque comecei a duvidar da minha capacidade para voltar a fazê-lo alguma vez na vida. Entre Agosto de 2015 e Março de 2016, a prática foi intermitente. E nem sequer foi uma prática espiritual. Foi uma prática puramente física. Na maior parte das vezes, o objectivo não era mais do que tentar aliviar a dor que sentia nas costas ou tentar não perder os meus abdominais definidos. Hoje, olhando para trás, sei que esta curva no meu caminho enquanto yogini não foi mais do que resultado de ter deixado de gostar tanto de mim, de nutrir este amor próprio, de me valorizar. A base das minhas decisões deixou de ser o amor e passou a ser o medo: o medo de não ser suficiente. E, por causa disso, o tapete ficou arrumado a um canto.


O Yoga é um caminho. Um caminho de crescimento pessoal. Uma viagem por dentro de nós próprios. Uma união daquilo que somos com o nosso corpo físico. E, às vezes, nesse caminho há curvas, contracurvas, momentos em que nos questionamos sobre o seu verdadeiro significado. No fundo, acredito que a esses momentos se seguem momentos de grande expansão interior. E é exactamente isso que o meu coração vive neste momento: estou pronta para regressar. Estou pronta para aceitar o medo e responder-lhe com amor. Estou pronta para encarar todas as possibilidades magníficas que esta aventura comporta. E estou pronta para aceitar as respostas às questões que coloco ao longo do meu caminho. De sorriso nos lábios, porque o sorriso é a expressão mais pura daquilo que verdadeiramente sou. Somos.

Com amor, 
Joana

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3 livros para ler este ano

12:29 Joana Santos 8 Comments

Adoro comprar livros. Gosto de os ter na mão, de folheá-los, de me encher de expectativas. Gosto do os trazer para casa e de me sentar, acompanhada de um bom chá, a lê-los. Adoro seguir as aventuras das personagens, inspirar-me com frases simples, deliciar-me com ensinamentos preciosos. Sou assim desde que me conheço. Antes mesmo de saber ler, eles andavam sempre comigo: imaginava histórias através das imagens. Foi assim que cresci. Rodeada de livros. Leio no metro, à espera de uma consulta, antes de adormecer. E é frequente ler mais do que um livro ao mesmo tempo. Neste momento, por exemplo, O Livro do Hygge, The Silk Roads, As Primeiras Coisas e As Três Vidas são os livros que me têm acompanhado para todo o lado: consoante o estado de espírito, decido qual deles vai andar dentro da minha mala em determinado dia. Mas também há algo que tenho tentado fazer: dar-lhes uma nova casa, assim que acabo de os ler. Não só eles merecem ser partilhados como eu posso arranjar espaço para que outras palavras cheguem até mim. Deixo-os em autocarros, bancos de jardim ou à porta de casas. Por isso, se encontrarem um livro com uma mensagem dentro dele, de mim para vocês, não estranhem: levem-no convosco. Para além disso, em 2017, arranjei outra solução para a minha febre dos livros: em todos os outros anos, fiz uma lista interminável de livros que queria ler e acabei por cosnseguir ler apenas uma pequena parte. Síndrome de ratinho de biblioteca. Por isso, este é o ano de prioritizar. Escolhi três, sim, três!, livros que tenho - obrigatoriamente - de ler. Escolhi-os porque ou já me falaram muito bem deles ou eu tenho a sensação de que me fará muito bem ler. É isso que eu quero para o meu ano, certo? Felicidade e equilíbrio, aprendizagem e crescimento. A minha lista de livros para o novo ano tem exactamente de reflectir essa minha escolha de objectivos. 

Women Who Run With The Wolves, Clarissa Pinkola Estes
Neste livro, que nos fala de mulheres conscientes do seu poder e da sua força, mulheres livres, mulheres confiantes, fazemos uma viagem ao longo dos séculos, que nos mostra a forma como a sociedade, maioritariamente dominada por homens, condiciona e reprime a beleza de ser mulher. Quantas vezes somos inferiorizadas? Quantas vezes somos trocadas por homens, supostamente mais capazes? Este ano, um dos meus objectivos é também conectar-me mais comigo mesma e isso inclui conectar-me com o meu poder enquanto mulher, com as inifinitas possibilidades que isso traz ao meu ser e ao mundo. Através destas histórias sobre wild women, espero também eu ganhar consciência da minha capacidade de o ser.

{ Imagem retirada daqui }

Yoga-me, Filipa Veiga
A minha prática de yoga tem, desde meados de Março de 2016, sido uma montanha russa. Pratico muito menos e, quando o faço, sinto-me menos dedicada ao momento. Estar ali, no tapete, é mais um sacrifício do que propriamente uma aprendizagem e um avançar neste caminho que é o mundo do yoga. Sinto que, sobretudo, me falta inspiração. Hoje, este livro chegou a minha casa e eu pude, finalmente, experimentar novamente aquela sensação boa de chegar ao tapete, de saber que é o momento de estar comigo própria, descobrindo-me. Constatei novamente que não há nada melhor para me sentir capaz de voltar à prática do que uma yogini que eu admiro. Yogini esta que é também jornalista. Uma combinação perfeita. A Filipa Veiga trocou o ballet pelo yoga, Portugal por Bali e uma vida de jornalista pela serenidade de ensinar aos outros a calma que ela própria transpira. Já tive oportunidade de aprender com ela muito sobre aquilo que é ser jornalista e inspirar através das palavras, quando trabalhámos juntas para o Yogi Times. Agora, é a vez de descobrir com ela os segredos desta forma linda de viver - o Yoga. O livro reúne a história desta prática universal e da prática da Filipa, bem como um conjunto de sequências de yoga que podemos experimentar e um receitas nutritivas para fazer bem ao nosso corpo.

{ Imagem retirada daqui }

Sparkle Joy, Marie Kondo
Okay, a culpada de este livro estar na minha lista é a Mariana. No dia em que me encontrei com ela (e com aquele chá delicioso!), no Porto, falámos da Marie Kondo e das suas técnicas para libertar espaço nas nossas vidas para o que realmente interessa. Deixou-me logo curiosa. Quem me conhece, sabe que destralhar é uma das minhas palavras preferidas e o minimalismo é um dos valores base para a minha vida, que, embora nem sempre seja fácil de seguir, orienta-me o caminho. Para quê atafulhar a nossa vida de coisas, certo? Depois de estarmos juntas, li esta publicação no Chá&Girassóis e tornou-se óbvio para mim que o livro da Marie Kondo teria de ir obrigatoriamente para a minha lista de livros a ler em 2017. Ora digam lá que não é de querer ler: "destralhar tendo por base a alegria que as coisas nos transmitem", como escreve a Mariana, é a ideia princial do livro. Pensem só nas mudanças positivas que iam acontecer na nossa vida! (Querem saber o que é isto da arte de destralhar a casa e o coração? Em breve falar-vos-ei sobre o assunto aqui no blogue.)

{ Imagem retirada daqui }
Para mim, estes livros reflectem exactamente aquilo que eu quero atingir este ano. Não há espaço, em 2017, para que a negatividade retire a possibilidade de conseguir o que quero!

E por aí? Quais são os livros que não podem mesmo deixar de ler este ano?

Com amor, 
Joana

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Mariana Neves ~ Other Voices

20:09 Joana Santos 6 Comments

Há uns tempos atrás, fiz uma lista das minhas mulheres-ídolo: aquelas que me inspiram, que me dão vontade de correr atrás dos meus objectivos e que me tornam uma pessoa melhor. Escrevi o nome da Mariana logo na primeira linha, com uma letra bonita, e desenhei um girassol ao seu lado. Não sei há quantos anos a Mariana entrou na minha vida, mas sei que, quando isso aconteceu, trouxe o sol com ela. Entrega sorrisos e distribui abraços sem pedir nada em troca e, dentro do seu coração, cabe o mundo inteiro, mesmo que o mundo inteiro ainda não o saiba. As vinte e quatro horas do dia são divididas entre a psicomotricidade, o Projecto Cartas Cruzadas, o chá, o seu blogue e, claro, as pessoas que lhe aquecem a alma. Pelo meio, ainda há tempo para amar a mãe natureza e partilhar todo o seu conhecimento com os que a rodeiam. É perita em juntar pessoas: por causa dela, também eu tenho uma coach fantástica, um bando de pessoas lindas com quem troco cartas à moda antiga e sei, com toda a certeza, que divido este Planeta Azul com corações bons. Como o dela. Ela é a primeira a ser entrevistada para a nova rubrica do blogue, Other Voices. Não podia ser de outra maneira.

Chá & Girassóis

→ O que te levou a começar este blogue?
A história deste blogue começa em 2010. Na altura eu tinha um blogue chamado “O (secreto) Ritual” que foi o meu porto de abrigo durante toda a minha adolescência, escrevia lá sobre tudo: desilusões, conquistas, lágrimas e sorrisos. Até que chegou a uma altura em que apesar de ainda continuar a amar esse blogue tinha que seguir em frente, já não me identificava com esse estilo de escrita e na verdade não me queria expor assim tanto. Daí cresceu o Chá & Girassóis. O blogue que me acompanha na minha entrada do mundo adulto.

→ O blogue tem vindo a alterar-se ao longo do tempo. Essa alteração acompanha o teu crescimento pessoal? Se sim, de que forma?
Claro que sim! Sinto que o meu blogue é um reflexo de mim mesma, por isso enquanto eu mudo, ele muda também. Ele é o meu porto de abrigo, por isso está sempre ajustado aquilo que mais gosto e que mais me completa. E claro isso não é o mesmo que era há uns anos atrás.

→ No entanto, há sempre uma base de temas: a vida saudável, o amor pela natureza e pelas pequenas maravilhas da vida. Acredito que seja uma descoberta constante. Planeias as tuas publicações ou deixas que a inspiração te chegue e escreves nesse momento?
Vou ser sincera, Joana, há publicações que são programadas, por exemplo coisas mais objetivas, por exemplo post sobre organização ou sobre produtos de cosmética natural. Mas depois há post que simplesmente me apetece escrever e escrevo. Fácil. Há uma linha orientadora nos post (até para o blogue não ficar uma confusão) mas há também muita flexibilidade.

→ O que significa para ti o teu blogue?
O meu blogue, como já disse, é o meu porto de abrigo. O meu reflexo das mudanças que vou criando na minha vida, os desafios que vou lançando, as vezes que caio, as saudades que sinto. Uma vez disse que o meu blogue é a minha casa virtual e tudo o que eu espero é que quem o leia sinta também isso: sou eu, a minha vida e tudo o que ela contém (ou quase tudo).

→ Que surpresas para 2017 estás a preparar para os teus leitores?
O único compromisso que quis estabelecer para 2017 foi escrever mais, estar mais presente no blogue. O resto, sem expectativa.


A Blogoesfera

→ Quais são os blogues sem os quais não podes viver?
Pergunta muito, muito, difícil. E eu não sei responder. Eu sigo sensivelmente 100 blogues (e isto é uma lista muito selecionada, acredita). Recorro a vários tipos consoante o que quero ler. Sigo muitos blogues sobre culinária vegetariana, minimalismo e blogues pessoais. Não te consigo dizer os blogues sem os quais não consigo viver, gosto muito de blogues autênticos e acolhedores.

→ Que conselhos darias a alguém que estivesse, neste momento, a começar um blogue?
Façam-no com o coração. Não pensem em lucros, em seguidores, o que quer que seja. Escrevam de coração aberto e mesmo que ninguém comente, que ninguém saiba, façam-no por vocês. Tornem o vosso blogue aquilo que vocês sonharam para ele. Não desistam e peçam ajuda se precisarem. Mas o mais importante é mesmo: escrevam com o coração. O resto vem sempre por acréscimo (na minha opinião).

→ Num mundo em que todos nós estamos online, como estabeleces a fronteira entre aquilo que é a tua vida pessoal e a tua vida pública?
Fácil. Só publico coisas que não me importo que os meus vizinhos ou os meus familiares mais afastados saibam. Se estiver confortável para qualquer pessoa ler, publico. Se não, guardo para mim mesma.

→ E como é que te desligas, nos momentos em que precisas de silêncio?
Joana! Essa pergunta é demasiado óbvia: com uma chávena de chá, claro!!


Projecto Cartas Cruzadas

→ És uma pessoa cheia de ideias. De onde veio a inspiração para começar este projecto?
Veio pela paixão de escrever cartas e de acreditar mesmo que uma palavra bonita salva o dia de alguém (como já salvou tantas vezes os meus dias). Sempre fui conectada às palavras, as cartas são o meu meio favorito para espalhar felicidade. Então pus mãos à obra (sem imaginar que isto viria a ser) e cá estou eu, cinco anos depois ainda a escrever cartas.

→ Tens ideia de quantas cartas já enviaste?
Ao todo? Tenho quase a certeza que já cheguei às mil. Mas pelo menos, posso dizer-te que neste momento, já mandei para 300 pessoas diferentes. Números bonitos, pois são?

→ Qual é o teu sítio preferido para escrever cartas? E a banda sonora?
O meu sítio favorito é o meu quarto porque tenho uma vista linda da janela, mas também gosto de escrever em cafés! Gosto muito de escrever acompanhada. A banda sonora são músicas calminhas (aliás criei uma playlist no spotify é só pesquisarem “cartas cruzadas”) neste momento escrevo com instrumentais de piano da Disney, músicas calmas e felizes.

→ Qual foi a carta que mais gostaste de escrever?
Não sei, tenho muitas cartas favoritas. Gosto muito de escrever cartas para pessoas que adoro e mais uma vez: com o coração aberto. Já escrevi cartas a rir de felicidade e a chorar. Essas cartas são as minhas favoritas porque sei que foram para as pessoas certas.


→ E a que mais gostaste de receber?
Já recebi cartas muito bonitas, mesmo. Mas a que mais me tocou até agora, foi uma que recebi no dia do funeral da minha avó. Sem saber a pessoa (que infelizmente já perdi o contacto) mandou-me uma carta com umas bolachinhas que ela tinha feito. Abri a carta depois do funeral, sem coração no peito e com a cara cheia de lágrimas. Aquela bolacha aconchegou-me tanto o coração que nunca me vou esquecer dessa sensação. (A pessoa não sabia que a minha avó tinha morrido, foi mesmo coincidência).

→ Colocas sempre muito de ti neste projecto: decoras as cartas que escreves, escreves à mão, tentas fazer com que quem recebe essa carta se encha de felicidade. Resulta?
Diz-me tu, que já recebeste cartas minhas: resulta?

→ O que é que já aprendeste com este projecto?
Aprendi coisas boas e coisas más. Das coisas boas: vale tudo a pena por um sorriso. E podes fazer a diferença na vida de alguém por muito pouco, basta estares presente, atenta e com boa vontade. Das coisas más: nem toda a gente sabe manter um compromisso e existem pessoas demasiado sozinhas neste mundo. (E muitas vezes quem me dera poder ter duplas minhas para andar por aí a abraçar as pessoas que me contactam porque se sentem sozinhas, ninguém deveria sentir-se assim num mundo tão cheio)

→ Até onde é que o queres levar?
Até onde ele me quiser levar. Sem expectativas mas com muitos sonhos. Nunca pensei estar aqui agora, já fui entrevistada por três jornais e uma revista, dá para acreditar?! Onde o projecto me quiser levar, eu vou com ele, sem o largar.


O Minimalismo

→ És uma apaixonada por uma vida com menos ruído, menos tralha e mais espaço para o que realmente importa. Quando é que começou esta caminhada?
Algures no meu segundo ano da faculdade quando comecei a ler o blog da Rita “The busy Woman and The Stripy Cat” e aquilo do minimalismo, proactividade e organização fez-me totalmente sentido. Na altura, estava na faculdade, fazia voluntariado, aulas de yoga, estágio, tinha o projecto, e fazia parte da secção de estudantes. Muitas das vezes estava cheia de coisas para fazer, sem tempo. O minimalismo ajudou-me a manter todas essas atividades sem me sentir apertada de tempo. E a partir daí é uma caminhada que nunca descorei.

→ Quais foram as maiores mudanças desde que começaste a viver uma vida mais minimalista?
Comecei a olhar melhor para o que me rodeia e a selecionar aquilo que entra na minha vida. Comecei a repensar em que é que vou gastar as minhas energias. Percebes? A tomar decisões mais conscientes. E a definir prioridades, na vida emocional, profissional, económica.

→ Qual é o maior ensinamento que daqui retiras?
Menos é mais. Sem dúvida, e isto em relação a tanta coisa! A coisas materiais, a momentos sociais, a pessoas. Como disse em cima, a partir do momento que só selecionas o que te faz sentir bem, há muita coisa que tens que largar e às vezes pode custar, mas no fundo é mesmo mais benéfico. Acredita. Dizer “não” é libertador.

→ O que ainda te falta largar?
Uma das coisas que quero mesmo largar é o telemóvel à noite. Tenho o péssimo hábito de ir para a cama com o telemóvel e adormecer com ele ao meu lado (sim, eu sei é péssimo!). Essa é uma das mil coisas que me faltam largar. Mas de momento é a minha prioridade. Ainda me falta largar muita coisa, mas assim que me fizer sentido, sei que vou dar mais passos. O que é importante é as coisas fazerem-te sentido e quiseres lutar por elas.


O Chá

→ Quem te conhece ou te segue de alguma forma sabe que onde está a Mariana está uma chávena de chá. De onde vem este amor?
A minha avó. Ela tinha um chá para cada ocasião e eu herdei isso dela. Apaixonei-me pelo chá e nunca mais o larguei.

→ Até criaste um grupo no Facebook para os amantes de chá e puseste tanta gente, eu incluída, a trocar saquinhos cheirosos por esse mundo fora. Qual é o teu sítio preferido para beber chá?
A minha casa! Tenho uma colecção muito grande chás por isso tenho mais chás que a maior parte das casas de chá. Ir para o meu jardim ou para a minha cama beber chá é fantástico e tão acolhedor.

→ E o teu chá preferido?
Chá branco. Pelo que simboliza e pela sua leveza.


A Mariana

→ Quais são os teus maiores objectivos e projectos para este ano?
Quero que o Projecto Cartas Cruzadas chegue mais longe, quero chegar mais longe em tudo o que já me propus na minha vida. Quero viajar mais, sorrir mais, viver mais. Carpe Diem. 

→ E os teus maiores sonhos?
De sempre? Escrever um livro (ou mais), ter uma vida tão bonita como a dos meus pais, viajar pelo mundo, ir a um concerto da Tracy Chapman, ir à Disney! E ter uma vida repleta de saúde, amor e partilha. Este é o meu maior sonho porque sei que se tiver isto tudo vem de acréscimo.

→ Se tivesses de descrever a Mariana a alguém, como o farias?
A Mariana é uma pessoa muito sorridente, que acredita no melhor do mundo. Não tem medo de elogiar, abraçar estranhos e de “conversas difíceis”. Saudade é o nome do meio e “coração de manteiga” é nome de família. Sonha muito, acordada e a dormir. Acredita que “quem quer faz, quem não quer arranja desculpas”, é exigente com ela própria e determinada no que acredita. Adora estar rodeada de pessoas e tem a sorte de conhecer as melhores pessoas do mundo (que são os melhores amigos). Recebe amor diariamente e espalha-o pelo mundo sempre que pode.

→ És uma pessoa de pessoas, unes toda a gente à tua volta, pouco importando a quantos quilómetros as pessoas se encontram. Qual foi a maior ensinamento que todas estas pessoas que se cruzam contigo e com os teus projectos te deram?
Nada acontece por acaso. Se certa pessoa entrou na minha vida, é porque tem qualquer coisa a ensinar-me e eu tento absorver tudo, viver tudo. E o outro ensinamento foi “faz o bem e o resto vem”. Tenho a minha vida preenchida de pessoas maravilhosas e não existem palavras para exprimir o quão grata estou por isso. Obrigada a ti Joana, por estares nela e por seres tão bonita!



Obrigada a ti também, Mariana!

Com amor, 
Joana 


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2017 e as suas novidades

22:34 Joana Santos 7 Comments

Vinte dias sem fazer uma publicação? Não era bem isto que tinha prometido a mim mesma quando, confiante de que os dias têm mais do que 24 horas, escrevi na minha lista de objectivos para 2017 que ia publicar algo todos os dias. Eu sei, eu sei: estive em Portugal, rodeada da mais bonita família e dos amigos mais fofinhos e, depois disso, a minha vida tem sido um rodopio de novidades, decisões e planos que só me dão vontade de que o relógio ande mais rápido. (Não vos posso contar já, apesar de querer muito, mas, quando vos contar, espero que fiquem tão felizes como eu me sinto neste momento.) Na última vez que escrevi aqui neste cantinho, nosso, disse-vos que este ano tinha como palavras principais amor, estabilidade, equilíbrio e aprendizagem. A cada dia que torno cada parte do plano mais real tenho mais a certeza de que, daqui a 11 meses vou afirmar, feliz, que cumpri a mais completa definição de cada uma delas. Quando tiver dúvidas, ao longo do caminho, a única coisa que tenho de fazer é, como a Sónia tão bem me diz, fechar os olhos e sentir. Mas, bem, não vos quero deixar demasiado curiosos, por isso vou contar-vos as novidades que já não são segredo. Ora, então, o blogue vai ter muitas surpresas novas! Este ano (aliás, já este mês), vou começar (ou recomeçar, para quem se lembra do blogue Joana Goes Zen e das suas rubicas) a publicar uma série de entrevistas a pessoas que, através dos seus projectos ou histórias, nos inspiram. A ideia é que estas Other Voices vos fascinem tanto quanto me fascinam a mim e que, pelo meios das suas palavras, o vosso coração sorria também como o meu sorri. Depois, no próximo mês, o blogue ficará um pouco mais verde: quero voltar a descobrir as maravilhas da ecologia, da vida mais natural e pura e partilhá-la também convosco. E, claro, quero voltar a contar-vos as minhas aventuras em viagem, a minha caminhada pelo mundo do yoga e construir, finalmente, a página das inspirações (já repararam que aquela página está em construção há séculos?). E quero, sobretudo, que, pelo meio, falem comigo: adoro receber as vossas palavras, sorrisos, questões e sugestões. Vamos fazer deste ano um ano em que os bloggers e leitores conversam mais? Quão melhor seria se assim o fosse? Fico à vossa espera aqui deste lado! 

Com amor, 
Joana

Imagem retirada do Mashable

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