~ Natureza em estado puro ~
O Outono chegou em força: Londres está agora coberta por um manto de nevoeiro, a humidade agarra-se ao nosso corpo e ao nosso cabelo. O chá tem sido o nosso melhor amigo. O sofá e a manta polar fazem-nos companhia. Nestes dias, festejámos o Halloween: vestimo-nos de Cleópatra e Júlio César versão Zombie e, acompanhados pelos nossos amigos vampiros, bonecas assombradas e enfermeiros ensaguentados, festejámos o melhor que pudemos. Vimos Nightmare Before Christmas, um filme de Tim Burton, que entrou para a lista dos filmes mais originais e melhor produzidos que já vi. (Sabiam que o filme é todo gravado em stop-motion, que é como quem diz realizado com recurso a fotografias tiradas em sequência de determinados objectos que, quando colocadas todas juntas, dão a ideia de movimento?) Escrevi cartas para o Projecto Cartas Cruzadas. E, melhor do que tudo o resto, risquei Richmond Park da minha lista de lugares a visitar neste Outono (vejam a lista aqui). Decidimos visitar o parque no domingo à tarde, depois de um sábado passado a molengar. De nossa casa até Richmond demoramos apenas meia hora de metro, coisa que, em Londres, é muito pouco tempo dentro de um transporte público. Richmond é uma pequena "vila" dentro de uma cidade gigantesca, que mistura comércio tradicional com lojas de grandes cadeias, onde tanto se vive o reboliço da metrópole como a calma do campo. Em cinco minutos, passamos da zona comercial para o rio e a mãe natureza na sua forma mais pura e, ao entrar dentro do parque propriamente dito, somos levados para um pequeno paraÃso. O parque é gigante e, logo à entrada, um mapa do local tenta elucidar-nos o caminho que temos de fazer para chegarmos a pontos chave como os lagos ou os locais de observação de animais. Mas, no meio da natureza, não são precisos mapas. Na verdade, só precisamos mesmo de fechar os olhos e deixarmo-nos guiar pela natureza. Durante a nossa visita, vimos renas e alces ali, no meio das pessoas, sem medo. Vimos patos a nadar em lagos tão bonitos que reflectiam todas as árvores ali à volta. Vimos folhas de cores tão outonais. Vimos o rio. Vimos um pôr do sol magnÃfico. Vimos crianças a brincar no meio da relva, como se soubessem que estavam a regressar ao lugar de onde tinham vindo. No fim do nosso passeio, estávamos cansados, mas também nós nos sentÃamos com as baterias recarregadas, prontos para enfrentar mais uma semana.
Com amor,
Joana
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